Devido ao aumento da utilização de plásticos na indústria
Como base em um estudo da fundação da reconhecida velejadora britânica Ellen MacArthur, em parceria com a consultora McKinsey e publicado pelo World Economic Forum, em 2050 haverá mais plástico (em peso) do que peixes nos nossos mares. Mais de 70 por cento do plástico que produzimos é descartado em cursos de água ou aterros sanitários, e desde a metade do século passado, o uso mundial de plástico expandiu-se em 20 vezes. O sistema atual de produção, de utilização e de abandono de plásticos tem efeitos negativos significativos: entre US$ 80 bilhões e US$ 120 bilhões (entre 73 bilhões de euros e 109 bilhões de euros).
O crescimento em Plásticos Produção Global 1950-2014:

Nota: Produção apenas de matéria-prima à base de petróleo virgem (não inclui bio-base, gases de efeito estufa com base ou matérias-primas recicladas)
Fonte: PlasticsEurope, Plastics – the Facts 2013 (2013); PlasticsEurope, Plastics – the Facts 2015 (2015).
Além dos peixes, outros animais que dependem dos oceanos seriam afetados. Estima-se que quase todas as aves marítimas terão ingerido plástico em algum momento de suas vidas.
O fórum considera necessária “uma reformulação total das embalagens e dos plásticos em geral”, bem como a procura de alternativas ao petróleo, principal matéria para a produção do plástico.
Vários países tentam atualmente limitar o uso de sacos plásticos. Em Portugal, entrou em vigor em fevereiro de 2015 uma taxa sobre os sacos plásticos leves. A França quer proibir o uso único de sacos plásticos em março, enquanto o Reino Unido também aprovou uma legislação que exige que o uso de sacos plásticos seja sujeito a pagamento.
Os fluxos globais de materiais de embalagem de plástico em 2013:

- Reciclagem – círculo fechado: A reciclagem de plásticos na aplicação igual ou similar qualidade.
- Reciclagem sequencial: Reciclagem de plásticos em outras aplicações, menor valor.
O relatório aponta ainda que somente ações energéticas e conjuntas dos governos mundiais e das corporações que dominam a economia global serão capazes de forçar uma mudança através de programas mais abrangentes e obrigatórios de reciclagem. Será necessário também uma revisão nas formas de produção e consumo globais para que consigamos alterar o destino de nossos oceanos.
E, por fim, ações locais, ainda que pontuais e pequenas diante de um quadro tão complexo, devem ser praticadas e encorajadas. Atenção ao consumo exagerado de água e outros produtos engarrados em plástico, reduza e descarte o lixo plástico para reciclagem sempre que for possível.
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